"Ever since I began architecture, I had an abhorrence to conventional architecture offices. There was something about the atmosphere of redundancy, routine and production that made me allergic to all forms of specialization and so-called professionalism. Ten years ago we founded our office in Berlin as a result of a decision, an accident, a rumor on the street and began an unimaginable journey down a path on which we are still traveling."
Daniel Libeskind: The Space of Encounter.
Daniel Libeskind, é sobrevivente e filho de pais judeus perseguidos pelo holocausto em uma Polônia pós-guerra. Assim, migrou com sua família para Israel quando tinha 11 anos, e, dois anos mais tarde, para os Estados Unidos.
Após completar sua formação em música em Nova Iorque, Daniel decidiu trocar a música pela arquitetura e ingressou na Cooper Union for the Advancement of Science and Art New York City.
Libeskind, teve grande destaque com seu projeto para o Museu Judaico em Berlim, uma obra que traduz uma série de reações de uma arquitetura que tem voz e fala por si só.
A implantação, completamente irregular, passa curiosidade ao visitante, que não consegue ver o principal acesso à construção.
O museu é formado por três eixos principais: o Eixo do holocausto, o Eixo do exílio e o Eixo da continuidade. A torre do holocausto, uma sala fechada feita inteiramente de concreto, que possui paredes incrivelmente densas e grandes, um teto elevado a mais de 20 metros e apenas um feixe de luz que constitui a única abertura do ambiente, transmite uma sensação incrível de desconforto e introspecção, onde qualquer sussurro ecoa fortemente..
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No eixo do exílio, prismas de bases quadradas, compridas e inclinadas, formam um quadriculado de pequenas torres que possuem no topo, vegetação. Nesse espaço escuta-se o som da cidade e outra sensação vem a tona: a paz.
![]() O Eixo da continuidade é o maior dos 3 eixos. Uma enorme escadaria introduz o ambiente. Quando se começa a subir, podem ser vistas vigas de concreto, inclinadas, que rasgam o corredor transversalmente, como se furassem de um lado ao outro a pele do museu. ![]() A escadaria possui três patamares, cada um com uma sala, onde a primeira constitui um espaço fechado, com o pé direito alto e uma clarabóia que o ilumina levemente. O piso inteiramente coberto por peças redondas de ferro com um rosto esculpido, permite com que venha à tona a última e mais forte sensação do visitante: a dor. ![]()
A Arquitetura de Libeskind utiliza-se de uma linguagem de ângulos imponentes, geometrias que se interceptam, fragmentos, vazios e linhas picadas de uma forma magnífica. O trabalho com a luz é a característica que mais me impressiona no trabalho do arquiteto, que projeta uma arquitetura que não se contenta em fazer parte do ambiente ou contar uma história, mas sim, transmitir sensações que acabam por estruturarem os edifícios por si só.
fonte: http://www.ignezferraz.com.br/ |
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